quinta-feira, 31 de julho de 2008

Poesias - Cecilia Meireles


“Moro no ventre da noite:
sou a jamais nascida.
E a cada instante aguardo a vida.

As estrelas, mais o negrume
são minhas faixas tutelares,
e as areias e o sal dos mares.

Ser tão completa e estar tão longe!
Sem nome e sem família cresço,
e sem rosto me reconheço.

Profunda é a noite onde moro.
Dá no que tanto se procura.
Mas intransitável, e escura.

Estarei um tempo divino
como árvore em quieta semente,
dobrada na noite, e dormente.

Até que de algum lado venha
a anunciação do meu segredo
desentranhar-me deste enredo,

arrancar-me à vagueza imensa,
consolar-me deste abandono,
mudar-me a posição do sono.

Ah, causador dos meus olhos,
que paisagem cria ou pensa
para mim, a noite densa?”

terça-feira, 1 de julho de 2008

Fotos da Inauguração do mais nova casa de beleza de Belo Horizonte






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